Profissionais da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) estão em alerta sobre o possível aumento de casos de leptospirose no Estado. A doença transmitida por meio da urina de roedores pode tornar-se epidêmica em períodos chuvosos. Em 2016, foram registrados 48 casos com 11 mortes. Apesar de somente um caso ter sido registrado este ano em Fortaleza, a secretaria orienta que profissionais fiquem atentos na identificação de casos da doença.
O foco dos profissionais de saúde é para que oriente as pessoas quanto às medidas de prevenção, controle e vigilância da doença. Na série histórica do Ministério da Saúde, que vai de 1975 a 2015, o Ceará aparece como o 2º estado do Nordeste com maior número de infecções com 767 casos.
De acordo com a Sesa, a leptospirose propaga-se principalmente em áreas metropolitanas onde ocorrem alagamentos e que possuem saneamento inadequado e com alta infestação de roedores infectados, ou seja, em períodos de fortes chuvas. Diante do quadro de enfrentamos, é necessário redobrar os cuidados para evitar surtos da doença.
Para prevenir a infestação de roedores, principalmente os ratos, e assim a prevenção de contaminações, é importante evitar o acúmulo de lixo. Em áreas de maior risco, o Governo tem realizado a “anti-ratização”, que é uma forma de impedir a proliferação de animais transmissores da leptospirose usando medidas como alocação de ratoeiras, raticidas e até mesmo o uso de medidas biológicas, como o uso de outros animais predadores.
A doença apresenta duas fases: a precoce, que se caracteriza por febre acompanhada de dor de cabeça, dores musculares, náuseas e vômitos; e a tardia, quando o enfermo apresenta icterícia, insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar.