Combate ao crime organizado
“O que a gente precisa atacar é a veia financeira do crime. Pelo que a gente conhece da realidade, o que se percebe é que o que o movimenta financeiramente o crime organizado é principalmente o tráfico de droga. Tenho uma larga experiência na Polícia Federal nessa área. A idéia é que a gente continue atuando e focando muito no combate ao tráfico de droga, que é o que acaba levando à maior parte dos casos de homicídio. Pretendo fazer um trabalho diferente aqui de atacar a parte financeira. O lucro que é obtido com essa atividade é o que acaba fomentando ela mesma.”
Diálogo com servidores
“Não vejo como, no papel de secretário, fazer qualquer trabalho na segurança pública que não seja com aproximação com todos, do soldado ao coronel, do inspetor, escrivão ao delegado. Na verdade, esse contato vai ser necessário. Nunca fui um delegado de gabinete. Na Polícia, sempre fui voluntário para trabalhar no combate às drogas, crimes contra patrimônio, seqüestro. A idéia é que o policial que queira ter contato com o secretário tenha contato. Mas não aqui, e sim nas ruas.”
Efetivo
“Questão de efetivo é problema de todo o serviço público, em qualquer esfera. Na Polícia Federal, também se enfrenta essa dificuldade. Vale lembrar que estamos em um momento de crise em todo país. Não é diferente no nosso Estado. Apesar disso, o governador tem conseguido pagar em dia toda folha salarial. Mas a gente vai fazer um estudo. Também tem que ser feita uma reavaliação. Às vezes, é questão de lotação. Pode ter policial fora de função, em funções burocráticas. Preciso tomar pé, sentar com os comandos das instituições que compõem a segurança. Tentar trazer outras soluções para otimizar os recursos que nós temos. A gente sempre precisa otimizar os recursos financeiros, recursos logísticos e não é diferente com recursos humanos.”
Diminuição do número de presos em delegacias
“Conversei com o ex-secretário Delci Teixeira e ele me passou que esse é um problema que houve uma redução muito grande. Pelos números apresentados a quantidade de presos em delegacias já passou de 1.400. O último número é de pouco mais de 300. Claro que lugar de preso não é em delegacia. Delegacia é pra ser um local de passagem, principalmente no final de semana, que tem muita ocorrência. Hoje, temos as audiências de custódia. Alguns presos são liberados logo e tem alguns que vão permanecer por crimes mais graves. Vamos trabalhar agora com a nova secretária de Justiça (Socorro França) e com as varas de execução penal pra trazer uma melhor solução. E claro, também ouvir a categoria – os policiais civis. É muito importante ouvir quem está vivenciando o problema.”
Fonte: SSPDS