O segundo turno das eleições está bastante movimentando em várias capitais. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) descumpriu uma ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e realizou, neste domingo (30), pelo menos 514 operações de fiscalização contra veículos fazendo transporte público de eleitores. O número de manifestações consta em um controle interno da PRF e a notícia foi divulgada inicialmente pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Pelas informações no sistema interno da PRF não é possível saber se os veículos foram parados antes ou depois de os eleitores votarem.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou neste domingo (30) que nenhuma das operações de fiscalização de ônibus de eleitores impediu que as pessoas registrassem seus votos.
“As operações realizadas, e foram inúmeras operações realizadas, foram, segundo o diretor da PRF […], realizadas com base no Código de Trânsito Brasileiro. Ou seja: um ônibus com pneu careca, com farol quebrado, sem condições de rodar era abordado, e era feita a autuação”, disse Moraes.
Neste sábado (29), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, proibiu que a PRF realizasse qualquer operação relacionada ao transporte público de eleitores no domingo, para não atrapalhar a votação. Diante de relatos de que as operações estavam ocorrendo, em especial no Nordeste, Moraes intimou o diretor da PRF, Silvinei Vasques, a interromper imediatamente as ações de fiscalização. Em caso de descumprimento, Silvinei pode ser multado em R$ 100 mil a hora, ser afastado das funções e ser preso. O diretor da PRF foi ao TSE prestar depoimento no início da tarde deste domingo.
Urnas substituídas
Até agora, 131 urnas foram substituídas no Ceará, sendo 121 em municípios do interior do Estado e 10 em Fortaleza. Entre os principais motivos para as trocas de equipamentos, está o travamento na urna e problemas nos terminais do mesário e do eleitor, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE).