O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, tomou posse nesta terça-feira, 22 como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assumindo o lugar do ministro Luís Roberto Barroso. O evento, realizado sem a presença do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) que alegou “compromissos preestabelecidos em sua extensa agenda”, para não acompanhar a cerimônia.
Em seu discurso, Fachin disse que trabalhará para cumprir o que está escrito na Constituição: “O Brasil merece mais. A Justiça eleitoral brada por respeito. E alerta: não se renderá. Cumprir a Constituição da República se impõe a todos: o Brasil é uma ‘sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias”.
Uma das batalhas encampadas pelo TSE é a luta contra as fake news e a desinformação. “A desinformação não tem a ver, apenas e tão-somente, com a distorção sistemática da verdade, isto é, com a normalização da mentira. A desinformação vai além e diz também com o uso de robôs e contas falsas, com disparos em massa, enfim, com todas as formas de comportamentos inautênticos no mundo digital. Diz, mais, com a insistência calculada em dúvidas fictícias, bem ainda com as enchentes narrativas produzidas com o fim de saturar o mercado de ideias, elevando os custos de acesso a informações adequadas”, disse Fachin.
Fachin e Alexandre de Moraes foram eleitos para os cargos de presidente e vice-presidente do TSE, por meio de votação em urna eletrônica, no dia 17 de dezembro do ano passado.