Enquanto os articuladores políticos do Palácio do Planalto tentam avançar nas conversas para consolidar uma base de apoio ao Governo no Congresso Nacional, o presidente da Câmara, Artur Lira, expôs, nessa segunda-feira, uma realidade que, até o momento, gera desconforto para a equipe do presidente Lula.
De acordo com Artur Lira, o governo ainda não dispõe de maioria simples, muito menos para avançar em matérias constitucionais, como é o caso da reforma tributária, uma das prioridades na agenda do Palácio do Planalto.
A leitura do presidente da Câmara, feita durante reunião com o Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo, é real e, para avançar na consolidação da base de apoio parlamentar, o Governo precisa contemplar os deputados federais e senadores com cargos do primeiro e seguro escalão. Lira destaca que Lula foi eleito democraticamente, mas com uma margem pequena de votos, o que permitiu aos aliados do então presidente Bolsonaro construir uma boa representação na Câmara.
Se precisar aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), o Governo precisa de, pelo menos, 308 votos, número que, pelos cálculos do presidente da Câmara, ainda estão bem distantes.