As mudanças na legislação trabalhista, que entraram em vigência no final do ano de 2017, continuam gerando dúvidas entre especialistas do Direito e permanecem no centro do debate com a possibilidade de novas alterações serem feitas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

A maioria dos brasileiros, como atesta uma pesquisa do Instituto Datafolha, publicada, nesse sábado, é contrária a novas modificações no texto da legislação trabalhista.


De acordo com a pesquisa, 57% dos entrevistados se opõem a mudanças na CLT, enquanto 40% dos brasileiros apoiam a redução nas leis que regem as regras entre patrão e empregado, e 3%   dizem não ter opinião. A pesquisa, realizada em 18 e 19 de dezembro, ouviu 2.077 pessoas em 130 cidades e  tem uma margem de erro  de dois pontos percentuais, para mais ou menos.


O mesmo Datafolha ouviu os brasileiros, também, sobre a venda de empresas estatais. Os números apontam que 60% são contrários à privatização, 34% são favoráveis, 5% não têm opinião definida e 1% se diz neutro. Os dois temas têm pouca ou nenhuma relação e o sentimento dos brasileiros exposto nessa pesquisa não surpreende. O ponto em comum entre esses temas é por estarem na agenda do Governo do presidente Bolsonaro.


A reforma trabalhista, que mexeu em regras tradicionais e teve impacto nas relações entre empregadores e empregados, é uma pauta permanente de quem se sente acossado por ameaças que possam suprimir direitos e conquistas. Isso por parte dos trabalhadores. 


Quanto aos empregadores, quanto menos encargos, quantos menos normas engessadas, melhor se torna o funcionamento de uma empresa.  E, nesse campo, há um registro que representa alívio: a norma da nova CLT que impôs indenizações a trabalhadores que entraram na Justiça para questionar direitos inexistentes inibiu muitas ações. Aqui, sim, houve avanço!