O presidente regional do MDB, deputado federal Eunício Oliveira, abriu as portas do partido para o senador Cid Gomes (PDT). Eunício fez o convite para Cid e o irmão, prefeito de Sobral, Ivo Gomes, se filiarem ao MDB.
Há poucos dias, Cid afirmou que está muito bem no PDT e não tinha motivos para sair da sigla mesmo porque se empenhou na construção de um bloco que reúne senadores do PSDB, PDT, MDB, Podemos, União Brasil e Rede. Passados 20 dias dessa declaração, Cid encontra outro ambiente no PDT, com divisões e muitos conflitos.
Eunício e Cid participaram da reunião de deputados federais e senadores com os Governadores do Piauí, Rafael Fonteles, e do Ceará, Elmano de Freitas, para discussão sobre as obras da Ferrovia Transnordestina.
A mobilização dos parlamentares é para fortalecer a luta na busca de mais recursos para a transnordestina ser estendida até o Complexo Portuário do Pecém, nos Municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia.
O convite de Eunício pode ser interpretado como um gesto de cortesia em função dos conflitos que Cid Gomes enfrenta no PDT. Eunício agiu, ao mesmo tempo, com o faro de presidente de um partido que na tentativa de atrair filiados não perde a oportunidade para convidar quem pode contribuir para fortalecer o MDB.
CONFLITOS NO PDT
O senador Cid Gomes, em entrevista ao PodCast ‘’As Cunhãs’’, fez críticas ao irmão Ciro, ao ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e ao prefeito José Sarto (PDT). Cid é uma das vozes no PDT favoráveis ao apoio integral do partido ao Governo Elmano. O PDT tem três secretarias e ocupa cargos na administração estadual.
Dos 13 deputados estaduais da sigla, 10 apoiam o Governo, enquanto três (Queiroz Filho, Cláudio Pinho e Antonio Henrique), que são ligados a Roberto Cláudio e José Sarto, estão na linha de oposição crítica à gestão Elmano. Os conflitos internos deixam o PDT com rumos inseguros sobre a manutenção da força eleitoral conquistada nas urnas em 2020.