A oposição lançou, nesta segunda-feira, em Fortaleza, a pré-candidatura do general Theophilo Gaspar ao Governo do Estado e perdeu dois aliados: o SD, do deputado federal Genecais Noronha, e o PSD, liderado pelo ex-vice-governador Domingos Filho. Genecias já havia decidido há duas semanas deixar a oposição e foi seguido pelo grupo de Domingos. Ambos são ligados ao presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB). Eunício, que tenta renovar o mandato, constrói uma aliança com o PT e o PDT em apoio à reeleição do Governador Camilo Santana.

As articulações de Camilo Santana, do ex-governador Cid Gomes e do senador Eunício Oliveira impõem o mais duro golpe na oposição que tenta viabilizar a candidatura do General Theophilo Gaspar à sucessão estadual. Sem o Solidariedade e o PSD, a oposição fica restrita ao PSDB e PROS. O PROS tem o comando do deputado estadual Capitão Wagner que, nas eleições de 7 de outubro, concorrerá à Câmara Federal.

A saída do PSD e SD emagrece o tempo da propaganda da oposição no  rádio e na televisão e cria dificuldades para a eleição dos candidatos à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa. O PSDB tem três pré-candidatos à Câmara – Raimundo Gomes de Matos e Danilo Forte, que exercem mandatos, e o ex-vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa. Isolado, o PSDB elegerá dois deputados federais. Se fechar a aliança com o PROS, as duas siglas poderão eleger quatro ou cinco representantes à Câmara Federal.

 

O semblante das lideranças do PSDB, durante a reunião no escritório do senador Tasso Jereissati que marcou o lançamento da pré-candidatura de Theophilo, era de frustração e decepção com a ausência de dois nomes que há até duas semanas oposicionistas convictos. O desempenho do pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, contribui para o esvaziamento da oposição liderada pelo senador Tasso Jereissati.