A Superintendência Estadual do meio Ambiente (Semace) apresentará, nesta quinta-feira (28), o resultado preliminar de uma pesquisa científica que documenta os métodos de monitoramento e de redução dos efeitos do óleo derramado em alto mar. Os dados serão apresentados pelo gerente de Análise e Monitoramento da Semace, Gustavo Gurgel, durante o debate técnico Aparecimento do Óleo na Costa Brasileira, em Salvador. O problema ambiental atingiu a costa do Ceará e de outros dez estados das regiões Nordeste e Sudeste.
O encontro reunirá pesquisadores do Nordeste que trabalham em torno de três temas: a composição e origens do óleo, as causas e efeitos do crime ambiental, e a atuação dos órgãos de meio ambiente.
De acordo com Gurgel, a chegada do óleo à costa do Espírito Santo e do Rio de Janeiro estava prevista, quatro semanas antes. “As correntes indicam que esse óleo ainda vai chegar com mais intensidade nesse litoral setentrional”, adiantou o pesquisador.
As manchas que chegaram no litoral do Nordeste no fim de agosto, já atingiu quase 700 localidades da região. Segundo informações do boletim mais recente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, no Ceará, 37 pontos foram afetados pelo óleo e em sete locais o material ainda pode ser visto.
Além disso, e estado registrou três casos de intoxicação por petróleo cru, de acordo com monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde.
Entre os locais afetados no Ceará, estão as praias turísticas de Jericoacoara, Cumbuco, Fortim, Taíba, Lagoinha e Canoa Quebrada. Segundo o Ibama, cerca de 4.500 toneladas de resíduos contaminados já foram recolhidos de praias, manguezais, costões e outros habitats.