Os atos de violência, verbal ou física, e os casos de ameaça, como aconteceu, em Sobral, contra a candidata do PSB à Prefeitura, Izolda Cela, mobilizam autoridades e representantes da Justiça Eleitoral e do Poder Legislativo para adoção de medidas que neutralizem crimes na política.
O repórter Sátiro Sales registra, no Jornal Alerta Geral, que é com essa preocupação que a Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher do Senado realiza, nesta quarta-feira (4), a partir das 14 horas e 30 minutos, audiência pública interativa para debater as ferramentas adotadas por diferentes órgãos institucionais no combate à violência política de gênero.
MOBILIZAÇÃO
O debate será realizado por iniciativa da senadora Augusta Brito (PT-CE), que preside o colegiado. Segundo Augusta, apesar dos avanços na representatividade de mulheres e pessoas de gêneros diversos nos espaços de poder, a violência política de gênero ainda constitui uma barreira significativa.
Augusta Brito destaca, ainda, que essa violência manifesta-se na forma de ameaças, assédio, difamação e discriminação, entre outras, o que afeta diretamente a liberdade de expressão e a capacidade dessas pessoas de exercerem plenamente seus mandatos e participação política.
A senadora do PT do Ceará cita dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que apontam aumento de 200% nas denúncias de violência política contra mulheres, no período entre 2016 e 2020.
Um estudo da Organização dos Estados Americanos (OEA) revelou que mais de 80% das mulheres eleitas na América Latina já sofreram algum tipo de violência política de gênero, seja física, psicológica ou simbólica.
PARTICIPAÇÃO NO DEBATE
O debate contará com a participação, já confirmada, da ministra do TSE, Edilene Lôbo; da coordenadora-geral de Participação Política das Mulheres em Espaço de Poder do Ministério das Mulheres, Andreza Silva Xavier; da diretora-geral da Escola Superior do Ministério Público da União, Raquel Branquinho; da coordenadora do Observatório da Violência contra a Mulher da Defensoria Pública da União, Rafaella Mikos Passos; da coordenadora do Observatório da Mulher Contra a Violência do Senado Federal, Maria Teresa Firmino
(*) Com informações da Agência Senado