A aprovação da reforma da Previdência pode durar mais tempo do que se imagina. É o que avalia o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Para ele, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que atualiza as regras de aposentadorias pode ser modificada no Senado. Caso isso ocorra, o texto retornaria à Câmara dos Deputados e precisaria de uma reavaliação. 

O governo e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), preveem a aprovação da reforma nas duas casas até o primeiro semestre. A previsão é de que de que a matéria possa ser votada no Plenário da Câmara em maio. Havendo sucesso, ela chegaria ao Senado para tramitar em junho, quando, então, seria votada. 


A aprovação do texto no primeiro semestre dependerá muito do Senado. Uma modificação do texto aprovado na Câmara atrasaria o prazo previsto. “Acho que o Senado vai cumprir com seu papel. Mas não acredito que vai ter essa possibilidade de acordo para que o Senado não modifique nada do que vier da Câmara. Faz parte do processo legislativo”, ponderou Flávio.Continua depois da publicidade

O senador ressalta, contudo, que Maia e Alcolumbre estão comprometidos em acelerar o trâmite da proposta. “E não tenha dúvidas que os parlamentares já estão bem amadurecidos sobre a importância e necessidade de aprovar a reforma sem muitos retalhos”, disse.