O pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os possíveis excessos no âmbito do Poder Judiciário foi engavetada no Senado, mas estimulou, na internet, o surgimento do Movimento Avança Brasil para cobrar mais transparência da Justiça brasileira.
O Movimento criou um abaixo-assinado online e, segundo o empresário e filósofo Eduard”o Platon, do ‘Avança Brasi’, “a luta pela transparência não vai arrefecer e que o abaixo-assinado online criado pelo grupo para pressionar parlamentares a avançarem com a proposta vai continuar no ar”. O desafio para os organizadores desse movimento é somar 500 mil assinaturas.
“É uma pauta prioritária e vamos avançar na direção do abaixo-assinado. Temos como meta 500 mil assinaturas com o objetivo de dar visibilidade e publicidade ao que ocorre nessas esferas. Quando conseguirmos isso, vamos prestar serviço à sociedade levando ao Senado“, disse o empresário, ao afirmar que, por enquanto, o grupo conseguiu reunir 10 mil nomes favoráveis à CPI.
O objetivo do abaixo-assinado, segundo o empresário Eduardo Platon, é transformar o Judiciário brasileiro, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF), trazendo mais confiabilidade e segurança jurídica. “Há um intervalo profundo entre essa visão e a realidade que os brasileiros recebem quando acontecimentos importantes da vida política entram em conflito com a atuação dos 11 ministros”. Na sua visão, muitas vezes, os ministros têm atuação mais política e menos técnica, configurando ‘ativismo judicial‘.
O pedido de CPI do Judiciário caiu porque alguns senadores decidiram retirar a assinatura do requerimento com pedido de investigação. Entre os senadores que contribuíram para CPI ser sepultada, está o tucano Tasso Jereissati. O requerimento, de autoria do senador Delegado Alessandro Vieira (PPS-SE), recebeu 27 assinaturas, mas, na segunda-feira, ficou com o apoio de 25 parlamentares – além de Tasso, a senadora Kátia Abre (PDT-TO) e o senador Eduardo Gomes (TO), também, recuaram no endosso à criação da CPI.