O ministro da Justiça, Sérgio Moro, voltou a falar que não foi parcial e nem infringiu nenhuma lei em sua atuação como juiz na primeira instância da Lava-Jato. O ministro afirmou que que não dirige nenhuma investigação da Polícia Federal sobre eventual ataque hacker aos celulares dele e de procuradores da Lava Jato, mas que apenas acompanha o caso como vítima.
Na tarde desta terça-feira (2), três comissões da Câmara dos Deputados (de Constituição e Justiça e de Cidadania; de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos e Minorias) realizam audiência conjunta para ouvir Sérgio Moro.
Como juiz na Operação Lava Jato sempre agi com correção, com base na lei, com base na imparcialidade, decidindo os pedidos apresentados, sem qualquer desvio. As minhas decisões já foram avaliadas nas instâncias superiores, disse Moro.
Segundo o ministro, a maioria de suas decisões foram mantidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) ou mesmo aumentadas. Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol.
Com relação a apresentação das conversas, segundo o ministro, não é possível recordar-se das mensagens divulgadas porque ele deletou o aplicativo em 2017.
Não reconheço, mais uma vez, a autenticidade de um material que não tenho. O que se tem presente é que não tem nada ali de conteúdo ilícito, disse Moro.