O período da jornada de trabalho reduzida foi ampliado de 15 para 24 meses para as servidoras do Senado que ainda amamentam seus filhos. O benefício foi concedido por meio do Ato 3/2019 da Comissão Diretora, publicado na última quinta-feira (3).
A decisão alinha as ações do Senado às recomendações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Ministério da Saúde, que preconizam a amamentação materna até os dois anos de vida do bebê. E está prevista no Plano de Equidade de Gênero e Raça do Senado para o período de 2019 a 2021, lançado em setembro.
Para a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, essa é mais uma demonstração do comprometimento da Casa com causas importantes, como a educação na primeira infância.
— O Senado Federal hoje é um órgão que possui uma política de gênero muito concreta, madura, e que mostra em atos, não apenas no discurso, como fazer uma política interna que beneficie a seus servidores e a toda a sociedade — afirmou.
A servidora Natalia Manzi, coordenadora de Atenção à Saúde do Servidor, comemorou a iniciativa que, avalia, é benéfica para a mãe em uma das fases mais importantes para a saúde e bem-estar da família, e mais importante ainda para a criança, ao promover ganhos nutricionais e imunológicos.
— Temos que destacar ainda o vínculo que a amamentação gera entre a mãe e a criança. É uma ligação afetiva, emocional, que se torna ainda mais duradoura — ressaltou.
União de mães
A publicação do ato foi comemorada no grupo de mães do Senado no WhatsApp, que agrega 63 servidoras. Elas destacaram o trabalho de aproximadamente 15 servidoras que carregaram a bandeira da jornada reduzida para a mãe nutriz, sensibilizando senadores e diretores.
— Esses dois apoios, da DGer [Diretoria-Geral] e dos senadores, foram fundamentais para sensibilizar a Comissão Diretora, que se mostrou sensível à defesa de mães e filhos. É uma conquista fantástica para todas as mães do Senado — ressaltou Solange Palmeira, servidora participante do grupo.
A servidora Fernanda Campello foi uma das servidoras contempladas. Ela havia perdido o benefício há seis meses, quando a filha completou um ano e três meses, mas, graças ao novo ato, foi reinserida no programa.
— A eficiência da área de Gestão de Pessoas foi impressionante. Em menos de 24 horas, conseguiram reinserir todas as mães no programa. Eu achei excelente a iniciativa, pois ficar uma hora a mais com a minha filha fará toda a diferença e terá impacto na qualidade de vida — explicou.
De acordo com o ato, a jornada de trabalho será de seis horas para a servidora até o último dia do mês em que a criança completar 24 meses de vida. A solicitação, possível inclusive para as ocupantes de cargos de confiança, deverá ser encaminhada pelas servidoras interessadas.
O prazo foi prorrogado para quem já tinha o benefício. Já no caso das servidoras cujo benefício foi encerrado quando a criança completou 15 meses, o prazo foi reaberto.
(*)com informação da Agência Senado