A Greve Geral na próxima sexta-feira, dia 28 de abril, contra as reformas da Previdência e Trabalhista, terá a adesão de servidores municipais de todo o Ceará. Mais de 60 atos regionais ou municipais já estão programados no interior do Estado, liderados por sindicatos de servidores e pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce).

Conforme Enedina Soares, presidente da Federação, este é o maior movimento conjunto já realizado pela categoria cearense, que só alcançou o direito de formar sindicatos com a Constituição de 1988. “A maior mobilização de rua de nossa categoria mostra que nos quatro cantos de nosso Estado teremos servidores municipais nas ruas para barrar as reformas e os projetos de lei que podem destruir as garantias dos funcionários públicos. Nesta sexta-feira, a classe trabalhadora deve sair de casa na certeza que precisamos derrotar este golpe continuado nos direitos do nosso povo”, enfatiza a dirigente.

Resistir à destruição dos direitos Trabalhistas e Previdenciários

As manifestações nos municípios colocam a necessidade de resistir ao que o movimento sindical do ramo entende como a destruição dos direitos Trabalhistas e Previdenciários.

Mesmo com mudanças, provocadas pela pressão popular, especialistas avaliam que a Reforma da Previdência ainda prejudica bastante os trabalhadores, haja vista que a PEC 287 impõe a todos os brasileiros trabalhar mais para alcançarem a aposentadoria e ainda assim ganharão benefício menor.

Já a Reforma Trabalhista, prevista para ser votada antes mesmo da Greve Geral e menos debatida pela população do que a reforma da Previdência, pode institucionalizar a precariedade do mercado de trabalho, reduzir os valores de indenização por danos morais, fazer prevalecer os acordos entre patrões e empregados sobre a lei, possibilitar a redução de salário e o aumento da jornada de trabalho, além de uma série de outras alterações estruturais.

Ponto facultativo nas Prefeituras

A adesão à greve geral também chegou aos prefeitos municipais, que, atendendo apelo dos sindicatos ou dos seus partidos, decretaram ponto facultativo no dia 28. A avaliação é de que as mudanças na Previdência prejudicarão as aposentadorias rurais e outros benefícios, que respondem pela principal fonte de recursos financeiros que circulam pelos municípios, maior até que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Até o momento, a Fetamce apurou que administrações de 17 cidades já definiram não funcionar. São elas Barreira, Tarrafas, Uruburetama, Farias Brito, São Benedito, Novo Oriente, Graça, Ibiapina, Amontada, Capistrano, Icó, Apuiarés, Iguatu, Hidrolândia, Caririaçu, Tianguá e Aratuba (liberou o servidores).

Com informação da A.I