A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) encerra nesta sexta-feira, 15, o primeiro ciclo do fumacê em Fortaleza. A operação que iniciou na quarta-feira, 13. Em três dias, o fumacê terá percorrido 1.676 quarteirões.
A forma mais eficaz de combater o mosquito Aedes aegypti é não o deixar nascer. A pulverização só entra em ação quando ha ocorrência de casos de arboviroses. Até 28 de fevereiro, a Sesa terá completado os três ciclos em Fortaleza.
O segundo ciclo será de 20 a 22 de fevereiro e o terceiro, de 27 de fevereiro até 1 de março. Além de Fortaleza, o carro fumacê está presente também nos municípios Ererê e Pereiro, no Vale do Jaguaribe.
Os veículos que contam com o equipamento de pulverização do inseticida realizam a operação diariamente, das 5 horas às 8h30min e das 16horas às 20 horas. A recomendação aos moradores é que abram portas e janelas das casas na passagem do fumacê, para que o inseticida atinja o mosquito dentro das residências.
A pulverização espacial UBV pesado ocorre por solicitação dos municípios, que definem as áreas a serem cobertas. Para a realização do procedimento são avaliados os dados epidemiológicos apresentados pelos municípios, histórico de casos e ocorrência de transmissão de arboviroses (dengue, chikungunya e zika) nas áreas definidas.
As aplicações de inseticida são preconizadas para controle do mosquito Aedes aegypti somente quando houver necessidade do controle de surtos e epidemias, como estabelece o Ministério da Saúde.
Não deixe o mosquito nascer
Mesmo com a pulverização passando pelo seu bairro, não deixe de limpar caixa d´água, baldes, potes e pneus, principalmente esse último que é um dos vilões no acumulo de água. Lembre-se que até uma tampinha de refrigerante acumula bastante água. Você também precisa fazer sua parte e não jogar lixo, garrafas e tampinhas nas ruas.
“Só a estratégia do fumacê não tem sustentabilidade, tendo em vista que o mosquito pode estar nas residências em forma de ovo ou larva. Por isso é importante evitar que o mosquito se desenvolva na nossa residência”, diz Richisthi Gonçalves, técnica do Núcleo de Controle de Vetores da Sesa.
O inseticida não mata as larvas do mosquito, que estão em caixas d’água, potes, baldes, pneus, lajes. Por isso, a eliminação dos criadouros deve acontecer antes da passagem do fumacê. A população tem papel importante nessa tarefa, que deve ser realizada pelo menos uma vez por semana nas residências. Assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.
As prefeituras também devem intensificar as visitas domiciliares dos agentes de endemias nas áreas de infestação e reforçar a atuação das brigadas institucionais e comunitárias no combate ao mosquito.
Ascom/Sesa