Em resposta a nota publicada na quarta-feira, pelo Sindiônibus, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte (SINTRO) acusou o patronato de buscar deslegitimar a paralisação geral dos trabalhadores motoristas e cobradores com o argumento do “vandalismo”. Disse que os patrões entendem que a greve é ilegítima e que vão recorrer à justiça e ao reforço policial para impedir a greve.

O Sindiônibus, em nota publicada na quarta-feira, fez um apelo à diretoria do Sintro para que evite prática de bloqueio de garagens, terminais e corredores de transporte, assim como para que evite depredação de ônibus e agressão a funcionário que mantiverem o serviço. Disse que vai adotar medidas para prover o atendimento às áreas prejudicadas e que entrará com ação na Justiça na tentativa de coibir a perturbação da ordem e levar prejuízos à operação de transporte.

A diretoria do SINTRO disse que está lutando pelo direito à vida. Pelo direito à aposentadoria, ao emprego, ao salário e principalmente por segurança. “Logo o que reivindicamos é objetivo, justo e necessário. Há dois cobradores internados resultado da insegurança que tomou conta do transporte coletivo na semana passada, há usuários ainda com medo, e o Sindiônibus vem ameaçar de solicitar reforço policial agora? Para impedir a greve? Onde está essa firmeza no momento de garantir segurança aos motoristas e cobradores vítimas de assalto e esfaqueamento quase que diariamente?”, indaga a entidade.

Os trabalhadores rodoviários aprovaram em assembleia dia 20 de abril a adesão à Greve Geral Nacional convocada por todas as centrais sindicais para esta sexta-feira. O Sintro, na nota, faz um chamado à população de Fortaleza e aos rodoviários a se levantarem para garantir uma paralisação total do transporte. O ponto de concentração será às 9h na Praça da Bandeira.