Os números mais recentes sobre a fila no INSS devem continuar gerando uma maior avalanche de ações na Justiça Federal. Motivo: uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que seis em cada dez pedidos de benefício analisados pelos robôs do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são indeferidos.

Os dados são dos requerimentos feitos no ano passado, e representam um aumento em relação ao patamar de 41% de negativas registradas em 2021.

REPERCUSSÃO NO JORNAL ALERTA GERAL

O Jornal Alerta Geral, com a participação do repórter Sátiro Sales e comentários do jornalista Beto Almeida, volta a falar sobre o drama de quem está na fila do INSS.

O Jornal Alerta Geral é gerado pela FM 104.3 – Grande Fortaleza, tem transmissão por mais de 20 emissoras de rádio e pelas redes sociais do @cearaagora.

DUAS FILAS

Com a primeira resposta negativa, os segurados e beneficiários, mesmo tendo direito a auxílios, pensões e aposentadorias engrossam ainda mais a fila do INSS e, após meses de espera, decidem entrar na Justiça Federal, que, hoje, acumula, pelo menos, 185 mil ações contra a Previdência Social no Ceará. Na Justiça, a maioria das pessoas que recebem o ‘não’ do INSS tem a certeza de que ganharão o processo.

A espera por uma resposta da Justiça Federal dura uma média de seis meses, mas pode chegar a 11 meses, quando há necessidade de realização de perícias e audiências com representantes do INSS. segundo, ainda, a CGU, o crescimento no número de indeferimentos automáticos de pedidos de pensão, aposentadoria e BPC, por exemplo, foi “significativo”.


O estudo da Controladoria Geral da União alerta que o cenário tem como consequência potencial o aumento no número de recursos feitos ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS).

O INSS tem duas filas, com acúmulo de 3 milhões e 280 mil processos: uma das filas é formada por quem entra, pela primeira vez, com pedido de benefício, e outra fila, é composta pelos segurados e beneficiários que tem o pedido negado e insiste na área administrativa antes de ir à Justiça.

OUTRO LADO

De acordo com o INSS, 37% dos pedidos de auxílios e aposentadorias são decididos pela ferramenta de inteligência artificial e que, a exemplo do que sempre ocorreu, as respostas sobre a concessão dos benefícios é na mesma proporção que sempre ocorreu.

‘’O que é importante e deve ser ressaltado: o INSS continua concedendo e negando benefícios na mesma proporção de sempre. Desde 2021, o INSS concede, em média, 52% dos pedidos. E nega os outros 48%. Isso não mudou. A única diferença é que, agora, quem nega a maior parte dos pedidos (66% dos indeferimentos, em média), é o robô’’, expôs o diretor de Tecnologia da Informação do INSS, Ailton Nunes, em declaração publicada pelo Jornal Extra.

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