Primeiro separar Previdência Social de Assistência Social. Depois, separar Público de Privado. Na Previdência Social existe regra de contribuição do trabalhador, tempo de contribuição, idade limite, valores de benefícios e tempo médio de idade para receber. Isso tem q ser colocado na regra do cálculo atuarial para fechar a conta – um certo dado matemático/estatístico que você faz sabendo quanto de recursos entram hoje, que aplicados no mercado permitirá remunerar amanhã, atentando para os prazos. Ciência chamada Atuária. Problema é onde ficam aplicados esses recursos e quem os comanda.

A conta não fecha, pois inventaram a Super Receita( Ministério da Fazenda) e misturaram tudo. Depois inventaram a DRU, que desvincula 30% da Super para atender outros compromissos, inclusive os Juros da Dívida do Brasil( que o buraco é outro!), mudando completamente as regras de origens e destinos de recursos da Previdência Privada. Assistência Social que enxergo é o que deve ser retirado do orçamento, como Bolsa Aposentado, para tratar das aposentadorias que nunca tiveram qualquer contribuição, como os casos dos Trabalhadores Rurais, Pescadores, Índios, Quilombolas, Deficientes,etc, que são casos Justos, mas Assistenciais.

Ah! Claro que a conta é outra, pois Previdência Social prevê que pago hoje como Poupança para receber amanhã por obrigação o que eu Poupei! Se nunca pagaram nada e é justo que o país atenda amanhã, o bolso é outro. Também afirmo que falta vergonha e moral para aplicar esses recursos da previdência tirado do suor do trabalhador e usado de forma ilegal, anormal e desleal. Resumo da ópera é que na Previdência Social ainda tem outro destempero: Pública e Privada. Cerca de 80% da arrecadação advinda dos trabalhadores da iniciativa privada são usados para pagar 20% dos trabalhadores do setor público.

Enquanto existe teto próximo de 5 mil reais para aposentados do setor privado, o setor público, além de acumular vários benefícios e ter mão de obra ainda questionada e protegida, um tal de Concurso Público, também uma tal de Estabilidade, ainda recebem aposentadorias com salário integral, cujos valores médios ultrapassam a 10 mil reais, tendo casos superiores a 40 mil reais, basta ver no Judiciário. Acontece ainda que as contribuições deles, servidores públicos, enxertados de igual valor pelas Mantenedoras (governos/ estatais), dinheiro privado, são administradas pelas Entidades de Previdência Privada Fechada, Institutos de Previdências( municipais e estaduais), Fundações, que usam recursos com os piores desvios do planeta, buscando atender a interesses particulares, políticos e a agradar empresários.

Claro que tudo em troca de bons motivos e privilégios. Solução: Privatizar, Padronizar, Controlar( Conselho Gestor). A Gestão terá que ser por período nunca superior a 5 anos, com escolha por órgão independente de governo. Tem mais… mesmo assim o Conselho Gestor terá que ser formado por quem entende de Mercado de Capitais, Mercado de Ações, Ativos Financeiros, Ativos Imobiliários, Legislação,Atuária, etc, independentes e com Mandatos e Regras Claras de Punições Severas, mas Também… Bem Remunerados. Vou logo avisando: Não Me Convidem Pois Sou Muito Caro e Tenho que cuidar dos meus filhos e dos meus netos, das minhas empresas, nem acumulei competência para tamanha responsabilidade para com os Trabalhadores do meu querido Brasil.

*Mário Feitoza de Carvalho Freitas
Engenheiro de Pesca, Administrador de Empresas, com especialização em Administração Financeira e Gestão de Mercado de Capitais, Presidente do Grupo MCF e Ex-Deputado Federal, tendo presidido a Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e a Subcomissão do Sistema Financeiro da Câmara Federal