Após abrir em alta pelo 7º dia seguido e ser vendido acima de R$ 4,07, o dólar passou a operar com leves oscilações nesta quinta-feira (23), acompanhando a trajetória no exterior após Estados Unidos e China aplicarem nova rodada de tarifas comerciais entre si e à espera do discurso do presidente do Federal Reserve (BC dos EUA), Jerome Powell, na sexta-feira.

O câmbio tem sido embalado pelo cenário eleitoral nos últimos dias, com os investidores repercutindo as primeiras pesquisas de intenção de voto.

Às 10h10, a moeda norte-americana subia 0,01%, vendida a R$ 4,0534.

Desde o início do ano, a moeda norte-americana já acumula avanço de mais de 22%. A tendência de alta, que havia perdido fôlego a partir de junho, voltou em agosto em meio às incertezas eleitorais e ao cenário externo menos favorável, fazendo o dólar saltar do patamar de cerca de R$ 3,70 para os atuais R$ 4.

Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram uma fraqueza de candidatos voltados a reformas alinhadas com o mercado. A busca pela moeda indica que o mercado prefere ativos mais seguros em momentos de incerteza, o que leva ao enfraquecimento do real.

A piora das tensões comerciais entre os Estados Unidos e outras potências também tem ajudado a desvalorizar o real e outras moedas emergentes, de países como Turquia e Argentina.

Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes.

Atuação do BC

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de setembro, no total de US$ 5,255 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Com informação do G1