“Uma vitória para os que defendem a modernização nesse aspecto da justiça eleitoral”, é assim que o jornalista Luzenor de Oliveira define, em primeiro momento, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em reconhecer assinaturas eletrônicas para formalizar a criação de partidos políticos, que beneficia, principalmente, aliados do presidente Jair Bolsonaro na criação o novo partido Aliança pelo Brasil.

+Novo partido: aliados de Bolsonaro no CE correm contra o tempo para coletar assinaturas

O jornalista ressalta que, “ao mesmo tempo amarraram, deram um nó no cenário atual, porque os aliados de Bolsonaro precisam correr contra o tempo e apresentar até abril, o número de assinaturas necessárias para a criação do Aliança pelo Brasil”.

Mesmo com a decisão favorável ao presidente e aliados, Luzenor destaca que “o tempo é curto e ao mesmo tempo, se houver a coleta de assinaturas no papel, há sim a necessidade de uma grande mobilização dos militantes do Aliança pelo Brasil para garantir tantas assinaturas em 9 estados brasileiros”.

Beto afirma que este é um tipo de decisão que “não define nada”, explicando que o tribunal apenas reconheceu a possibilidade de aceitar a coleta de assinaturas digitais, mas sem estabelecer a forma como esse processo poderá ser feito.

O jornalista salienta que a indefinição, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento de um prazo, é preocupante para Bolsonaro, que precisa coletar as assinaturas até abril do próximo ano para criar o novo partido. “Se ficar aguardando a decisão do TSE, esse partido não sai do papel”, afirma Beto.

Luzenor ressalta que a decisão do TSE tem impactos no contexto estadual. O jornalista explica que o grupo que está formando o partido Aliança pelo Brasil quer concorrer às eleições de 2020 para prefeituras e também lançar candidatos a vereadores em municípios cearenses e “sem essa estrutura definida, os aliados do presidente Bolsonaro terão que procurar outro caminho”.

Para Beto o risco que Bolsonaro corre na tentativa de criar um partido às pressas é não poder concorrer às eleições municipais, “o que é péssimo para o governo, que está criando um novo partido e que fica sem uma base parlamentar forte de representação nos municípios”.

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