A polêmica sobre os erros do Governo Federal na condução da crise sanitária, as frequentes crises geradas por integrantes do Palácio do Planalto, a sequencia de troca de ministros e os desacertos nas áreas ambiental e educacional fizeram balançar, mas não derrubaram a popularidade do presidente Jair Bolsonaro que, com o auxílio emergencial, mantém altos índices de aprovação.

O auxílio emergencial é destinado a trabalhadores informais e desempregados, o benefício tem cinco parcelas de R$ 600 reais e atende a 63 milhões de brasileiros, ao custo mensal de R$ 51 bilhões. Os beneficiários receberão, ainda, as parcelas dos meses de julho e agosto. Ao final do programa, o Governo Federal terá desembolsado, pelo menos, R$ 250 bilhões. O dinheiro segurou a economia, assim como a popularidade do Governo Bolsonaro.

Uma pesquisa da  XP/Ipespe, publicada, nesta segunda-feira, mostra que, para 30% dos entrevistados, a avaliação do governo é ótima ou boa, oscilação de dois pontos porcentuais a mais que junho, dentro da margem de erro de 3,2 pontos. De acordo com o levantamento, a avaliação do presidente voltou a oscilar positivamente no dia 27 maio, após atingir o pior resultado de todo o mandato no dia 18 do mesmo mês, quando 25% consideraram a gestão ótima ou boa e 50% ruim ou péssima.

A pesquisa publicada nesta segunda-feira revela que  a reprovação do mandatário oscilou negativamente, indo a 45%, três pontos a menos se comparado com levantamento do mês de junho.  Ao serem questionados sobre o futuro do Governo,  para 33%, responderam que o presidente fará um governo ótimo ou bom nos próximos anos – na última pesquisa esse índice era de 29. A avaliação  ruim ou péssima saiu de 46% para 43%.

O estudo foi realizado nos dias 13, 14 e 15 de julho e ouviu 1.000 pessoas de todo País. A avaliação positiva da atuação do presidente na crise do coronavírus manteve tendência de alta, mas as avaliações negativas continuam majoritárias. 52% dos entrevistados consideram a atuação ruim ou péssima, contra 55% no mês passado, e 25% acham ótima ou boa, dois pontos porcentuais a mais do que em junho.   

O Ipespe ouviu, também, os brasileiros sobre o desempenho dos governadores que, de acordo com o levantamento, caiu pela terceira vez consecutiva. Segundo a pesquisa  36% dos entrevistados avaliam a administração de seus Estados como ótima ou boa, dois pontos porcentuais a menos do que em junho. A avaliação negativa se manteve igual a junho, com 25% avaliando a administração estadual ruim ou péssima.

Quanto a atuação do Congresso Nacional, 13% dos entrevistados a consideram positiva – na pesquisa anterior esse percentual era de 15%. Os dados da pesquisa mostram, ainda, a moderação dentro os brasileiros sobre a convivência entre Executivo e Legislativo:  para 40% dos entrevistados, o presidente Bolsonaro  deve flexibilizar suas posições para aprovar sua agenda, ainda que isso signifique se afastar do discurso inicial. Outros 25% acham que o presidente deve manter a relação como está.