A Polícia trabalha com a linha de investigação de que o ataque de Adélio Bispo de Oliveira ao presidenciável Jair Bolsonaro tenha sido previamente planejado. Na sexta-feira foi descoberto que o agressor alugou um quarto em uma casa de dois andares, com grades de ferro, no centro de Juiz de Fora (MG). Ele mora em Montes Claros, a 677 km de distância de Juiz de Fora.
Os dos donos da pensão, informaram que Bispo chegou ao local há duas semanas e pagou adiantado por um mês de estadia. Na época, a notícia de que Bolsonaro iria visitar a cidade em setembro já circulava entre os apoiadores do candidato.
Segundo hóspedes da pensão, o pedreiro era muito reservado. Ele desembolsou R$ 400 à vista, em dinheiro por um quarto simples. A Polícia Federal foi até o local logo após o crime e recolheu os pertences de Oliveira, inclusive celulares e um notebook. O quarto está trancado desde então. Em seu depoimento disse que cometeu o crime “a mando de Deus” e “por motivos pessoais”.
Em Montes Claros, parentes do pedreiro deixaram a casa onde moram no bairro Maracanã. Segundo os vizinhos disseram que eles se transferiram para uma comunidade rural próxima, para evitar o assédio de estranhos.
O pedreiro foi filiado ao PSOL de Uberaba de 2007 a 2014, quando pediu para sair da sigla. O PSOL considerava Oliveira um “militante de base” – expressão que, conforme o partido, significa que o filiado não participava das decisões tomadas pela legenda no município. O PSOL disse que, por se tratar de militante sem posto na agremiação, não é possível informar de que forma ele participava da vida partidária.
COM INFORMAÇÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO