A fila de pedidos de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que estão em atraso é cada vez maior. Milhares de cearenses esperam a concessão dos benefícios e estão sem resposta há meses. Para reforçar o atendimento nas agências, o governo pretende contratar temporariamente cerca de 7 mil militares da reserva e reduzir o estoque de pedidos em atraso.

Comentando sobre estes e outros assuntos no Bate Papo Político do Jornal Alerta Geral desta quarta-feira (15), os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida discutiram sobre a situação dos que aguardam uma resposta do INSS.

Confira mais informações com o correspondente do Jornal Alerta Geral, Carlos Alberto:

Luzenor destaca que a partir do debate sobre as mudanças nas regras da previdência social houve um crescimento no número de pedidos de aposentadoria nas agências do INSS. Para o jornalista o Instituto não se preparou o suficiente para receber a demanda de segurados.

“Somente no Ceará, na região Metropolitana de Fortaleza são quase 100 mil segurados a espera de uma resposta do INSS”, afirma Luzenor.

Diante da medida do governo de convocar 7 mil militares para darem mais agilidades aos processos de aposentadoria e concessão de benefícios, Beto traz o questionamento de um dos ouvintes do Alerta Geral, “por que o Governo não convoca os servidores do próprio INSS aposentados? […] Um convite para que ele possa, durante aquele momento ganhar um extra”.

Beto saliente que os militares convocados para os serviços ainda terão que ser capacitados para exercer a função, o que levaria cerca de 2 meses. Segundo o Governo, a previsão é de que a fila volte a andar em torno de 6 meses.

Para Luzenor, chama atenção o fato de o Ministério Público Federal, com as cobranças feitas tanto na gerência regional de Juazeiro do Norte quanto em Fortaleza não ter sido tão incisivo para força o INSS para dar mais agilidade na resposta dos segurados da previdência social.

“O INSS não tem servidores o suficiente para atender a demanda. Essa é a verdade, o INSS hoje tem uma carência de servidores. O governo federal se recusa a realizar um concurso para o INSS, e está ai o problema”, finaliza Beto.