O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve fixar a meta de inflação para 2019 em 4,25% ao ano. O valor é levemente inferior àquele em vigor desde 2005 e que vale até 2018, de 4,5% ao ano. A equipe econômica até cogitou ser mais radical e estipular um alvo de 4%. No entanto, a avaliação foi que isso seria prejudicial, porque havia o risco de sinalizar que os juros teriam de subir para alcançar o resultado. A informação de que a meta deve ficar em 4,25% ao ano em 2019 foi antecipada pelo jornal “Valor Econômico” nessa sexta-feira, 16.

Nos bastidores, havia pressão para que o CMN fosse mais audacioso. O recrudescimento da crise política, entretanto, passou a dificultar uma queda maior na meta de inflação. Para um integrante do governo, o ideal é fazer uma mudança gradual, para garantir o processo de desinflação do país.

O receio é que uma indicação mais agressiva tivesse o efeito contrário. Ou seja, que os juros futuros voltassem a subir, já que ninguém sabe ao certo qual será o desfecho da crise política e seus impactos sobre a economia brasileira, que começa a dar sinais de recuperação.

Na segunda-feira, durante reunião do Banco Central com economistas, os representantes da autoridade monetária ouviram queixas de que está muito difícil fazer cenários e previsões, por causa da indefinição dos rumos políticos no país.

As atenções dos analistas estão voltadas para o norte que será indicado pela equipe econômica após a reunião do CMN da última semana de junho, quando será decidida a meta de inflação para 2019. No Banco Central, um objetivo de longo prazo é levar a meta de inflação para 3% ao ano.

Com informações O Globo