A crise na área de saúde ganha novas proporções em Juazeiro do Norte. Mesmo após apelos de profissionais, o prefeito do município Arnon Bezerra, não conseguiu solucionar o impasse e os médicos decidiram entrar em greve. A situação é de caos para milhares de moradores que precisam da rede pública de atendimento no município.
A greve começou nessa quinta-feira, e os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Juazeiro do Norte sofrem com o atraso no pagamento e estão sem receber a remuneração referente aos meses de novembro e dezembro. Apenas pacientes com classificação vermelha e amarela receberão assistência.
Há mais de um ano, os médicos tentam negociar a normalização dos salários com a Prefeitura de Juazeiro e com o Instituto Médico de Gestão Integrada (IMEGI). Em dezembro, a cidade enfrentou um pedido de demissão em massa realizado pelos médicos por conta do atraso nos pagamentos. O município sofre ainda com o fechamento de 31 postos de saúde e do hospital público, restando apenas a UPA para o atendimento à população que soma cerca de 300 mil habitantes.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, doutor Edmar Fernandes, foram inúmeras tentativas de negociação, mas nada mudou. Entre as reivindicações apresentadas pelos profissionais estão a normalização do pagamento dos salários atrasados, o reajuste salarial e a manutenção de um médico plantonista extra para completar a escala de plantões em casos de superlotação.