Corrupção, abuso de poder e indícios de Caixa 2. São alguns dos crimes pontuados pelo deputado federal Capitão Wagner e pré-candidato a prefeitura de Fortaleza em uma live em seu facebook nesta sexta-feira (24), onde comentou trechos do vídeo que apresenta o áudio da conversa entre o deputado estadual Bruno Gonçalves (PL) e o suplente de vereador Maninho. A gravação divulgada, nessa quarta-feira, pelo portal Terça livre revela detalhes sobre a forma como é usado o dinheiro público e de assessorias de gabinete para montar os esquemas que garantem votos para eleger vereadores.

Em quase uma hora de live, o Capitão assistiu juntamente com os internautas o vídeo da conversa e, em vários momentos, questiona as falas do deputado Bruno Gonçalves. Sobre o suplente de vereador Maninho, Wagner foi enfático ao elogiá-lo pela coragem ao gravar a conversa com o deputado Bruno. De acordo com o Deputado Federal, Maninho fez uma denúncia ao Ministério Público Estadual em 2019 sobre quantias de dinheiro que o ofereceram. Segundo Wagner, o suplente de vereador gravou a conversa como parte do processo instaurado no Ministério Público.

APOIO POLÍTICO

Capitão Wagner comentou o trecho da gravação onde Bruno faz referência ao prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, com Maninho para convencê-lo a desistir do apoio ao pré- candidato do PROS. Diante do exposto, o deputado federal afirma que o que está sendo feito é uma tentativa de compra de voto:

“O que é isso pessoal? É tentar comprar a consciência, o senso crítico do cidadão. É tentar comprar apoio político […] Isso se chama abuso do poder político e abuso do poder econômico, isso é crime pessoal”, afirmou o Capitão.

CAIXA DOIS

De acordo com as informações dadas pelo próprio deputado Bruno no áudio divulgado, ele havia recebido nas eleições passadas o valor de R$ 1,2 milhão. Porém o Capitão questiona de onde veio o dinheiro dito pelo deputado, já que, na prestação de contas do partido de Bruno na época, o PEN, atual Patriota, não há registros de doação por parte de Roberto Cláudio. Wagner levanta a hipótese que tenha havido caixa 2, prática que ocorre quando recursos financeiros deixam de ser contabilizados e não são declarados à Justiça Eleitoral.

O Capitão Wagner também cobra explicações ao prefeito de Fortaleza a partir das afirmações feitas por Bruno. Wagner questiona a maneira como esse dinheiro tem sido repassado, tendo em vista que, como afirmou, os recursos do fundo eleitoral vem apenas na campanha, dessa maneira Roberto estaria antecipando os repasses.