O deputado Julio Cesar Filho (Cidadania) pediu afastamento de suas atividades parlamentares devido ao processo de pré-campanha eleitoral para disputa pela prefeitura do município de Maracanaú. Líder do governo de Camilo Santana (PT) na Assembleia Legislativa, Júlio Cesar deixa a função para os vice-líderes na casa, deputados Walter Cavalcante (MDB) e Augusta Brito (PCdoB). No pleito, Júlio Cesar enfrentará Roberto Pessoa (PSDB), deputado federal que também pediu afastamento.

Dentro do jornal Alerta Geral, os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida comentaram o assunto. Ambos parlamentares concorrerão à disputa pela sucessão do prefeito Firmo Camurça, que atualmente comanda o executivo no terceiro maior colégio eleitoral da região metropolitana de Fortaleza. Beto Almeida comenta que o deputado Julio Cesar pediu afastamento justamente devido a movimentação já feita pelo deputado Roberto Pessoa.

“Ele tem uma tarefa árdua de derrotar um candidato que está aí num ciclo de poder que já vai pra 16 anos, então são 16 anos que esse ciclo de poder representado pelo deputado federal Roberto Pessoa está comandando, liderando em Maracan“, destaca Beto Almeida que ainda pontua que ainda existem outros parlamentares que devem deixar a função na Assembleia Legislativa, a saber, o deputados Nelinho Freitas, que concorrerá em Juazeiro, e o deputado Vitor Valim, que estará na disputa pela prefeitura de Caucaia.

“Em eleições municipais passadas quando os deputado estaduais e federais eram candidatos a prefeito, até certo ponto se justificava a ausência da atividade parlamentar, da agenda do plenário, porque o ritmo de atividades era mais intenso, tanto dentro do plenário, tanto nas articulações dentro do poder legislativo quanto na presença dos pré-candidatos no cotidiano dos eleitores. Hoje temos uma pre-campanha sem a presença dos pre-candidatos vida dos eleitores”, diz Luzenor de Oliveira que questiona se há necessidade de se pedir licença da Assembleia.

Beto Almeida finaliza dizendo que “as vezes são acordos políticos, no caso dele foi porque ele percebeu a movimentação lógico, ele sabe o que está acontecendo dentro de Maracanaú. Você imagina um deputado como o Roberto Pessoa livre, leve e solta dentro de Maracanaú”.