Com análise que pode demorar, em média, três anos para ser feita pelo Comitê Nacional para Refugiados, pedidos de estrangeiros que buscam refúgio em Fortaleza se acumulam: segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, 940 solicitações permaneciam ativas até outubro deste ano.

A capital cearense tem sido um dos principais destinos no Nordeste para os que buscam fugir de situações de guerra ou da miséria nos países nativos. Entre 2011 e 2019, mais de mil pessoas solicitaram refúgio em Fortaleza. Oito anos atrás, foram registradas pelo Conare apenas seis solicitações, e o número chegou a 508 em 2018.

Os venezuelanos lideram os pedidos, seguidos pelos africanos de Guiné-Bissau e pelos cubanos. Registros do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e do Conare mostram que entre 1992 e 2004, pelo menos nove pessoas tiveram o pedido de refúgio na capital cearense reconhecido. Já entre 2014 e 2019, foram 45 deferimentos. De 1992 até outubro deste ano, 101 solicitações foram julgadas pelo Comitê para os Refugiados.