O prefeito de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra (PTB), enfrenta mais um desgaste administrativo e político com o caos na área de saúde. O Sindicato dos Médicos do Ceará, em nota divulgada, nesta quinta-feira (5), denuncia a situação crítica de profissionais que estão há sete anos sem reajuste salarial e, também, com atraso dos seus salários.

Segundo a nota, “médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Juazeiro do Norte pediram demissão em massa, nessa quarta-feira (04)”. Os pedidos de demissão, conforme enfatiza o sindicato, seguem acontecendo a todo momento. “Com salários atrasados e sem aumento salarial há sete anos, os profissionais desistiram de aguardar a Prefeitura e solicitaram o desligamento da unidade”, denuncia a entidade sindical.

Em outro trecho da nota, o Sindicato alerta para a dimensão da crise na saúde da maior cidade do Cariri: “a cidade já sofre com o fechamento de 31 postos de saúde e do hospital público, restando apenas a UPA para o atendimento à população que soma cerca de 300 mil habitantes, podendo chegar em época de romaria a mais de 1 milhão pessoas”, observam os dirigentes sindicais.

A longa nota destaca, ainda, que “há um ano, o Sindicato dos Médicos media a situação, mas a Prefeitura descumpre os acordos e não comparece a audiências marcadas pelo Ministério Público. É um verdadeiro desrespeito com os profissionais, entidades públicas e, principalmente, com a população. Parece inacreditável que o prefeito seja médico e não tenha a saúde como prioridade em sua gestão’’.

Confira mais informações com o correspondente do Jornal Alerta Geral, Sátiro Salles: 

Confira na integra vídeo de médicos falando sobre o assunto: 

BUSCA DE NEGOCIAÇÃO

O Sindicato dos Médicos ressalta, também, em sua nota, que “a entidade está trabalhando na resolução do problema que vem sendo registrado há meses, tendo estado presente na Cidade, em abril e outubro, para intermediar a negociação entre os profissionais, a Prefeitura Municipal, o Ministério Público do Estado (MPCE) e o Instituto Médico de Gestão Integrada (IMEGI)”.

Diante de uma situação na qual a maior prejudicada é a população, conforme o sindicato, “os médicos seguem trabalhando sem reajuste salarial há 7 anos e sem contar com estrutura adequada para a prestação de serviços de saúde”.

A lista de reivindicações apresentada pelos médicos tem, entre outros pontos, reajuste salarial e manutenção de um médico plantonista extra para completar a escala de plantões com ocorrência de superlotação. “Devido à estrutura e às características do Município, este deveria possuir, no mínimo, três UPAS, contando, atualmente, apenas com uma, sendo esta a única emergência que recebe todos os pacientes na Cidade e atende ainda a demanda do Samu”, cobra o Sindicato.

OUTRO LADO

Sob orientação do prefeito de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra, a administração municipal soltou uma nota que, entre os pontos destacados, afirma que “sobre o pedido de desligamento de alguns plantonistas, já estão sendo contratados substitutos e os atendimentos estão acontecendo normalmente, com a escala do mês de dezembro completa”.

A Secretaria da Saúde afirma, ainda, na mesma nota, que “está dando o apoio necessário para que os serviços à população não sejam prejudicados, inclusive com a manutenção de um plantonista extra no local”. A Prefeitura Municipal alega, ainda, no texto, que aguarda repasse financeiro do Ministério da Saúde para realizar o pagamento ao IMEGI, empresa que administra a UPA do Limoeiro.

ÍNTEGRA DA NOTA

Médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Juazeiro do Norte pediram demissão em massa, nessa quarta-feira (04). Os pedidos de demissão seguem acontecendo a todo momento. Com salários atrasados e sem aumento salarial há sete anos, os profissionais desistiram de aguardar a Prefeitura e solicitaram o desligamento da unidade. A cidade já sofre com o fechamento de 31 postos de saúde e do hospital público, restando apenas a UPA para o atendimento e agrave; população que soma cerca de 300 mil habitantes, podendo chegar em época de romaria a mais de 1 milhão pessoas.

“Há um ano, o Sindicato dos Médicos media a situação, mas a Prefeitura descumpre os acordos e não comparece a audiências marcadas pelo Ministério Público. É um verdadeiro desrespeito com os profissionais, entidades públicas e, principalmente, com a população. Parece inacreditável que o prefeito seja médico e não tenha a saúde como prioridade em sua gestão.

A entidade está trabalhando na resolução do problema que vem sendo registrado há meses, tendo estado presente na Cidade, em abril e outubro, para intermediar a negociação entre os profissionais, a Prefeitura Municipal, o Ministério Público do Estado (MPCE) e o Instituto Médico de Gestão Integrada (IMEGI). Os encontros foram motivados, principalmente, devido à situação difícil enfrentada nas unidades quanto as graves más condições de trabalho, desrespeito aos direitos dos profissionais e os prejuízos causados na assistência prestada.

Diante de uma situação na qual a maior prejudicada é a população, os médicos seguem trabalhando sem reajuste salarial há 7 anos e sem contar com estrutura adequada para a prestação de serviços de saúde. Por isso, dentre as reivindicações apresentadas pelos profissionais estão: reajuste salarial; e a manutenção de um médico plantonista extra para completar a escala de plantões com ocorrência de superlotação. Devido à estrutura e às características do Município, este deveria possuir, no mínimo, três UPAS, contando, atualmente, apenas com uma, sendo esta a única emergência que recebe todos os pacientes na Cidade e atende ainda a demanda do Samu.

NOTA DA PREFEITURA DE JUAZEIRO

Nota de Esclarecimento

A Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte, através da Secretaria da Saúde, informa que aguarda repasse financeiro do Ministério da Saúde para realizar o pagamento ao IMEGI, empresa que administra a UPA do Limoeiro.  Sobre o pedido de desligamento de alguns plantonistas, já estão sendo contratados substitutos e os atendimentos estão acontecendo normalmente, com a escala do mês de dezembro completa. A Secretaria da Saúde está dando o apoio necessário para que os serviços à população não sejam prejudicados, inclusive com a manutenção de um plantonista extra no local.

A Secretaria esclarece ainda que 26 equipes de Saúde da Família estão atualmente sem médicos, mas que as Unidades Básicas de Saúde não estão sem funcionamento, e contam com o suporte dos demais profissionais para acolhimento e encaminhamento das demandas da população. Além disso, há 07 UBS com funcionamento ampliado, das 18 às 22h, como também o Hospital Estephânia, para dar a assistência aos casos que não são de urgência e emergência.

Confira o posicionamento do presidente do Sindicato dos Médicos no Ceará, Dr. Edmar Fernandes: