Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste sábado (1º) que a Casa “vai acelerar” a análise do projeto sobre fake news já aprovado pelo Senado e que aguarda votação dos deputados.

Maia fez a afirmação em uma rede social ao comentar recentes ataques ao youtuber e influenciador digital Felipe Neto. O parlamentar também convidou Felipe para discutir a proposta em uma reunião e “melhorar” o texto.

“Felipe Neto, a covardia é a virtude dos fracos. Esses ataques só reforçam o caráter daqueles que são incapazes de vencer um debate com argumentos e com respeito. Por tudo que você tem sofrido nesses dias, nós vamos acelerar o projeto de combate às fake news”, disse Rodrigo Maia.

Também em uma rede social, o influenciador disse ao presidente da Câmara que aceita o convite e agradeceu pelo apoio. “Vamos conversar”, disse o youtuber.

Nos últimos anos, Felipe Neto passou a fazer postagens sobre política nas redes sociais. O influenciador era crítico ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Depois que começou a fazer críticas públicas ao presidente Jair Bolsonaro, passou a ser vítima de acusações falsas e ameaças nas redes sociais, como mostrou o Jornal Nacional.

Na última quarta-feira (29), homens foram com um carro de som até a casa do youtuber fazer ataques verbais a ele.

Aprovada pelos senadores em junho, a proposta sobre fake news, em linhas gerais, prevê:

  • rastreamento de mensagens reencaminhadas em aplicativos de conversa;
  • que provedores de redes sociais tenham sede no Brasil;
  • regras para impulsionamento e propaganda nas redes sociais.

O projeto é alvo de divergências entre parlamentares. Defensores do texto dizem que o objetivo da proposta é combater comportamentos inautênticos e distribuição artificial de conteúdo. O texto, de acordo com esses congressistas, também visa à adoção de mecanismos e ferramentas de informação sobre conteúdos impulsionados e publicitários disponibilizados para o usuário.

Senadores contrários ao texto, contudo, demonstram preocupação com a possibilidade de o projeto violar a privacidade e atingir a liberdade de expressão nas redes sociais.