As manchas de óleo que chegaram no litoral nordestino prejudicou vidas marinhas, pescadores e banhistas com o petróleo cru que atingiu o mar. Enquanto as respostas não chegam, a origem do material é questionada e ainda é desconhecida. Por isso, o Plano de Monitoramento do Pescado Capturado no Litoral (PMP-CE), apresentado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), vai observar, durante seis meses, peixes, sururus e camarões contaminadas com a substância. A execução do projeto ainda depende da confirmação orçamentária.

De acordo com o plano, nove regiões da Capital, Região Metropolitana (RMF) e do interior receberão equipes para avaliar os animais. O estudo vai analisar as cidades de Acaraú, Aracati, Barroquinha, Caucaia, Cascavel, Fortim, Icapuí, Paracuru e Sabiaguaba, que tiveram extensa contaminação pelo óleo. Nestes locais, agentes do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) e do Instituto Terramar farão coletas de peixes como sardinha, serra, ariacó, além de sururus e camarões por serem produtos “abundantes e bastante consumidos” no setor de pesca, justifica o projeto.

Em seis meses, o Núcleo de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará (Nutec), em parceria com a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e a Universidade Federal do Ceará, pretende fazer 1.620 ensaios laboratoriais com as amostras que serão coletadas. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), a Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) e a Vigilância Sanitária também fazem parte do plano.

Para garantir o custeio do projeto, será necessário um orçamento de R$ 1.187.576,61. O repasse da verba, porém, está em negociação e a “resposta concreta” sobre a viabilidade do recurso será definida amanhã (28), segundo anuncia o titular executivo da Pesca da Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário (SDA), Antônio Nei de Sousa.