O Ministério da Economia voltou a dizer, nesta terça-feira (12), que o auxílio emergencial de R$ 600 que promete ajudar os trabalhadores informais durante a pandemia do novo coronavírus é temporário. E, por isso, não deve ser estendido por mais que os três meses previstos inicialmente pelo governo. A pasta indicou, contudo, que mudanças nos programas de transferência de renda podem ser anunciadas depois da covid-19.

Em nota de esclarecimento enviada à imprensa nesta terça-feira, a pasta comandada por Paulo Guedes diz que “tem tomado medidas de caráter temporário para combater os efeitos da pandemia”. E ressala que “as despesas criadas neste momento de excepcionalidade não devem ser transformadas em permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 e nem a trajetória sustentável da dívida pública”.

“O compromisso com o teto de gastos dá credibilidade e promove investimentos que criam empregos e faz com que o governo onere cada vez menos a sociedade”, acrescenta.

A nota foi divulgada após o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, em transmissão organizada pelo BTG Pactual, falar da possibilidade de o auxílio ser permanente. “Talvez alguns programas tenham vindo para ficar”, disse Costa, nessa segunda-feira (11).

O Ministério da Economia ainda indica que a preocupação com a meta primária foi deixada de lado durante a pandemia do novo coronavírus, através da aprovação do estado de calamidade pública, porque “neste momento, o governo está preocupado em preservar vidas e a atividade econômica”. E diz que, por isso, “foi possível socorrer os mais vulneráveis que perderam seu sustento” com “medidas extraordinárias”.