Se antes da pandemia estava difícil o sonho da reabertura de agencias do Banco do Brasil em cidades da Grande Fortaleza e do Interior do Estado, agora, passados 90 dias do início da maior crise sanitários dos últimos 100 anos, o trabalho home office torna praticamente impossível a volta do funcionamento de agencias bancárias que foram alvo dos bandidos no Ceará.

Essa realidade, traçada em declarações de um dos executivos da instituição em entrevista ao Jornal O Estado de São Paulo, já faz parte dos planos do Banco do Brasil que prevê uma economia, em 10 anos, de 1 bilhão e 300 milhões de reais com uma nova sistemática de trabalho que surge nessa fase da pandemia do coronavírus e inclui devolução de espaços, ou seja de imóveis alugados, e adoção de home office, que pode envolver 30% dos seus funcionários.

Antes da pandemia, o Banco do Brasil tinha menos de 300 funcionários – entre os 93 mil, trabalhando em casa. Desde março, após o isolamento social, 32 mil trabalhados da instituição entraram no home office, gerando uma economia inesperada e que irá se refletir em mais lucros neste ano.

A previsão é de que, ao longo dos próximos anos, do total de 5 milhões de metros quadrados de espaços alugados pelo banco, 750 mil metros incluem escritórios de maior porte em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco, além do Distrito Federal. Com a aposta renovada no home office, 38% desses espaços, ou 290 mil metros quadrados, segundo o vice-presidente corporativo do BB, Mauro Ribeiro Neto, deverão ser devolvidos.