O ministro da Economia Paulo Guedes é o principal personagem dessa semana. O recado foi claro – Bate Papo Político desta terça-feira (26)

Os deputados começam a discutir, na tarde desta terça-feira (26), a proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19), com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara por onde passa a primeira fase de tramitação do texto. Os parlamentares querem que o ministro esclareça pontos da medida.

A ida de Guedes à Câmara ganhou destaque no Bate Papo Político desta terça-feira, entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, que falaram da importância de haver diálogo entre os Poderes. Para Luzenor, se os dois pontos mais polêmicos da Reforma forem excluídos (BPC e Aposentadoria Rural), a chance do texto passar é muito grande. Beto acredita que a falta de habilidade política do presidente agrava a crise.

Os jornalistas criticaram, ainda, a postura dos deputados federais cearenses. Para Luzenor, os parlamentares precisam assumir seus posicionamentos, defendendo o que é positivo para o trabalhador. Já para o jornalista Beto Almeida, a responsabilidade é do governo federal. Segundo ele, Bolsonaro não consegue unanimidade “nem no PSL (seu partido)” e está querendo “terceirizar a responsabilidade”.

Impasse entre Executivo e Legislativo

A semana passada foi marcada pelo impasse nas articulações políticas entre Poder Executivo e Câmara dos Deputados. Desta forma, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), decidiu adiar a indicação do relator até que o cenário político esteja mais favorável para a aprovação da reforma no âmbito da comissão.

A previsão é que o nome seja indicado até esta quinta-feira (28). O líder do PSL na Câmara. Delegado Waldir (GO), afirmou que Francischini (PSL-PR) está ouvindo partidos e governo para escolher o relator.

Além de Guedes, parlamentares devem ouvir seis constitucionalistas na CCJ da Câmara para tratar da reforma, na quinta-feira (28). Dois nomes serão indicados pelas lideranças da base do governo, outros dois nomes por lideranças da oposição, e os últimos dois por deputados ditos independentes.