A sequencia de erros políticos e administrativos e as polêmicas que envolvem o Governo Federal acabam por manter o presidente Jair Bolsonaro com altos índices de reprovação no cenário da pandemia do coronavírus mesmo entre os brasileiros contemplados com ações sociais da União.  Essa realidade é exposta pelos números de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e publicada nesta quarta-feira.


A pesquisa, que ouviu 2.016 pessoas por telefone na terça (23) e na quarta (24), mostra que entre os beneficiários do auxílio emergencial e que receberam pelo menos uma parcela,  49% consideram a atuação  do presidente na crise da Covid-19 ruim ou péssima, 26% avaliam o desempenho como ótimo ou bom, e 24%, como regular. A pesquisa tem uma margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


Os números da pesquisa mostram, também, que a atuação do presidente Bolsonaro nas ações de combate ao coronavírus, é considerada ruim ou péssima por 51% entre os brasileiros que não pediram o auxílio emergencial,  enquanto 27% classificaram o trabalho do presidente como ótimo ou bom, e 22%, como regular.


A pesquisa revela que 61% das pessoas que receberam uma das três parcelas do auxílio acham que Bolsonaro mais atrapalha do que ajuda no enfrentamento à Covid-19. Nesse contingente, 33% pensam o contrário. Entre os que não pediram o auxílio, 61% consideram que o presidente mais atrapalha, contra 34%.


AUXÍLIO EMERGENCIAL

O auxílio emergencial, no valor de R$ 600,00, é destinado aos trabalhadores informais,  MEIs (microempreendedores individuais), autônomos e desempregados. As mães solteiras, chefes de família, recebem o valor em dobro. O Governo Federal está concluindo o pagamento da terceira parcela do auxílio, que, pelos cálculos do Ministério da Economia, beneficiam 64 milhões de pessoas com um custo total de R$ 150 bilhões. O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nessa terça-feira, que a prorrogação do auxílio emergencial por mais 60 dias. O Governo Federal ainda não decidiu se os valores serão pagos em duas parcelas ou diluirá o desembolso em mais parcelas. A proposta ainda depende de aprovação da Câmara Federal e do Senado.