Pesquisa da organização civil ‘Ranking dos Políticos’, a pedido do jornal Folha de S. Paulo, constatou que 25% do Congresso Nacional votou contra matérias relevantes que procuram reduzir privilégios e/ou o inchaço do Estado. Conforme a publicação, uma faixa de 39% dos deputados e senadores se posicionou timidamente a favor das medidas. Aqueles que votaram consistentemente a favor delas somaram 35%.
O Ranking dos Políticos monitora o desempenho parlamentar. Para fazer o estudo foram analisadas cinco votações na Câmara e quatro no Senado. Duas delas ocorreram em ambas as Casas: a da PEC do Teto, que limitou gastos públicos por 20 anos, e do projeto que revogou a obrigatoriedade de a Petrobras participar da exploração do pré-sal.
Na pesquisa, a entidade deu um ponto por projeto ao congressista que votou de acordo com seus critérios, tirou um ponto do que votou contra e deu zero ao que se ausentou.
Na avaliação, 18 senadores têm “nota vermelha”. Metade deles é do PT, e Gleisi Hoffmann (PR), presidente do partido, foi a mais mal colocada: votou contra três matérias (as duas citadas e a urgência para analisar o fim do sigilo de operações do BNDES) e ausentou-se na sessão sobre o fim do foro privilegiado.

Três peemedebistas, porém, nem sequer foram classificados, porque se ausentaram nas quatro votações: Renan Calheiros (AL), Zezé Perrella (MG) e Jader Barbalho (PA).
No outro extremo, seis senadores “gabaritaram”, segundo a interpretação do Ranking. Entre eles, estão Ana Amélia (PP-RS) e Ivo Cassol (PP-RO).

Com relação a Câmara, 32 deputados votaram totalmente em desacordo com os princípios elencados pelo Ranking dos Políticos. Além da PEC do Teto e a desobrigação da Petrobras na exploração do pré-sal, na Câmara foram analisadas as votações da criação do fundão eleitoral, da aprovação da terceirização da ampliação do limite de participação estrangeira na aviação civil.
Trinta e sete deputados tiraram nota 5, caso de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e de Celso Russomanno (PRB-SP).

 Com informações da Folha de São Paulo