A Petrobrás anunciou, em comunicado aos sindicatos de petroleiros, que vai desligar, neste mês, pelo menos 45 plataformas de produção de petróleo e gás natural que funcionam nas Regiões Nordeste e Sudeste. A medida, de acordo com reportagem do Jornal O Estado de São Paulo, edição desta terça-feira (14), atinge o Ceará e abrangerá, com a desativação das unidades, remanejamento e demissão de pessoal.

Serão desligadas, ao todo, na bacia do Ceará-Piauí, 9 unidades de produção instaladas em quatro campos, o que representa menos 2,4 mil bpd. O vizinho Estado do Rio Grande Norte, com 24 plataformas e 2,4 mil bpd, é o mais atingido na Região Nordeste. Somente, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, foram paralisadas seis unidades que, juntas, somam produção de 5,4 mil barris por dia (bpd).

As 45 unidades com atividades suspensas uncionam em águas rasas e tem uma produção 10 mil bpd de produção, o equivalente a 5% da meta de corte. As informações são do boletim divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Uma das justificativas para a medida é a meta de corte diário na produção de 200 mil barris por dia como ação para enfrentamento da crise econômica. O corte de produção, segundo a reportagem, faz parte da série de medidas que estão sendo tomadas pela empresa para fazer frente à atual crise do petróleo, em que o barril baixou ao patamar dos US$ 20.

A Petrobras, conforme destaca a informação do Jornal O Estado de São Paulo, oferece três opções aos empregados das plataformas que deixarão de funcionar: remanejamento interno conforme a carência da empresa, adesão ao plano de demissão voluntária ou desligamento individualmente por acordo. Os sindicatos dos petroleiros questionam as medidas consideradas amargas.