Empresários, consultores e despachantes aduaneiros, investigados em esquema de subfaturamento em importações no Ceará, deram um prejuízo estimado de mais de R$ 500 milhões aos cofres públicos e enviaram ao exterior, de forma ilícita, recursos que superam R$ 5 bilhões. É o que aponta a Polícia Federal (PF), responsável por deflagrar, nesta quarta-feira (17), as operações Ásia 1 e 2, que investigam crimes supostamente praticados de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, associação criminosa, falsidade ideológica e descaminho. Dois empresários foram presos.

As importações são declaradas às autoridades aduaneiras sempre em valores menores do que realmente são pagas e as diferenças de pagamento são direcionadas ao exterior por meio de doleiros, deixando de ser recolhidos milhares de reais em tributos todos os anos.

Ao todo, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão e dois de prisão. As buscas incluem cinco mandados em condomínios de luxo. As ordens judiciais expedidas pela Justiça Federal do Ceará ainda decretou a apreensão de todos os veículos dos principais investigados cujos valores ultrapassem R$ 100.000,00. Os nomes das pessoas e empresas investigadas, entretanto, não foram divulgados.


Operação Ásia 1

Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Fortaleza, Eusébio e São Gonçalo do Amarante, sendo 8 nas residências das pessoas físicas investigadas e outros 7 nos endereços das empresas.


Operação Ásia 2

Estão sendo cumpridos, na capital cearense, 2 mandados de prisão temporária em desfavor dos principais sócios-administradores das empresas importadoras, e 20 mandados de busca e apreensão nos endereços das pessoas jurídicas e nas residências de despachantes, também em Fortaleza e em São Gonçalo do Amarante.


As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal do Ceará. Mais de 130 policiais federais e 40 auditores fiscais participaram das duas operações.

(*)com informação da PF