Raquel Dodge, atualmente a frente da Procuradoria Geral da República (Foto: Reprodução)

A Campanha para eleição do novo comando da Procuradoria Geral da República, que atua na chefia do Ministério Público, começa oficialmente hoje (16). Dez candidatos se inscreveram para substituir a procudadora-geral Raquel Dodge, que não se inscreveu para a reeleição. Os três mais votados formarão uma lista tríplice que será encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro, a quem cabe indicar um nome.

Os candidatos inscritos são: Antonio Carlos Fonseca Silva, Blal Dalloul, José Bonifácio de Andrada, José Robalinho Cavalcanti, Lauro Cardoso, Luiza Frischeisen, Mário Bonsaglia, Nívio de Freitas, Paulo Eduardo Bueno e Vladimir Aras. A campanha é promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O primeiro debate entre os candidatos está marcado para a próxima segunda-feira, em Belém. Estão previstos pelo menos outros dois.

O maior desafio dos procuradores é convencer o presdiente Jair Bolsonaro de aceitar a lista tríplice eleita internamente pela categoria, no entanto, o desejo parece utópico. A escolha por parte de Bolsonaro deve se pautar no alinhamento ideológico, ou seja, ele não indicará nenhum dos três caso todos sejam inclinados as pautas de esquerda. Na prática, Bolsonaro deverá decidir sem considerar a eleição do Ministério Público, o que tem gerado tensão na categoria.

O procurador-geral é o membro do MPF que atua no Supremo e é o responsável por investigar e denunciar políticos como deputados federais, senadores, ministros de Estado e o presidente da República. Por este motivo, os procuradores defendem que sem o MP independente pode haver retrocessos em áreas fundamentais, como combate a corrupção.