O volume de compras de produtos na internet disparou durante a pandemia em todo o país, mas veio acompanhado de uma enxurrada de reclamações sobre problemas de entrega de produtos e cumprimento de prazos. Com o isolamento social, comprar pela internet virou rotina para milhares cearenses, mas as queixas relacionadas a “não entrega ou demora para envio” mais do que dobraram de janeiro a junho de 2020, na comparação com mesmo período do ano passado.

Segundo dados da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, o número de reclamações passou de 21.499 para 44.212, no primeiro semestre do ano — uma alta de 105%.

Além disso, outro fenômeno que registrou expansão durante a quarentena foi o aparecimento de sites falsos ou fantasmas, que oferecem produtos e depois simplesmente somem com o dinheiro dos consumidores. De acordo com especialistas, há situações que são verdadeiros casos de polícia, mas às vezes a própria localização do responsável é difícil, porque os criminosos usam nomes falsos para aplicar golpes.

São grupos de estelionatários que criam perfis e sites falsos de vendas de produtos depois que fazem um determinado número de transações, desaparecem. Tempos depois, eles criam novos portais com outros nomes para enganar consumidores.