O presidente Michel Temer disse hoje (21) que a indústria siderúrgica se recuperou, de forma sustentável, da crise enfrentada em 2016, em discurso a empresários do setor durante o Congresso Aço Brasil, na capital paulista.

“Sabíamos que a siderurgia brasileira vivia momento crítico, preocupante. Reconheço que, o ano passado, ou 2016, mais apropriadamente, foi um dos mais difíceis para a nossa indústria. Juntos, revertemos esse quadro a partir de agosto de 2017, quando a produção do aço já apresentava crescimento em relação ao ano anterior”, disse.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, a produção de julho apresentou alta de 6,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. No mês passado, as vendas tiveram alta de 13% sobre julho de 2017. “Alguns diziam que a recuperação não seria sustentável. Hoje, um ano depois, temos a segurança de afirmar que ela é sólida e veio para ficar”, afirmou Temer.

No acumulado de janeiro a junho deste ano, a produção do aço cresceu 3,4% na comparação com o mesmo período em 2017. Os números são considerados positivos pela entidade, tendo em vista os efeitos da greve dos caminhoneiros.

Estados Unidos

O presidente criticou o protecionismo dos Estados Unidos ao sobretaxar o aço importado, mas avaliou que o Brasil se saiu bem nas negociações com os norte-americanos. O Brasil não foi taxado com novas tarifas, mas submetido a cotas baseadas na média de volume exportado em três anos.

“Quando os Estados Unidos sobretaxaram o aço, tivemos muitas reuniões, que o Itamaraty providenciou. Conseguimos reduzir o gesto inicial do presidente dos Estados Unidos [Donald Trump] que onerava enormemente a nossa indústria. Hoje, estamos em um passo razoável em relação a essas exportações. Encontramos soluções para as dificuldades do setor siderúrgico”, disse o presidente.

O ministro de Indústria, Comércio Exterior e Serviço, Marcos Jorge, também presente no evento, avaliou que o Brasil sofreu o menor prejuízo entre os países exportadores de aço, obtendo benefícios melhores, inclusive, que o México que integra o Nafta, tratado norte-americano de livre comércio. “Foi o acordo menos danoso, mas que não nos atende na plenitude”, disse.

O ministro defende a abertura comercial entre os países, porém com regra de transição gradual e com condições no ambiente de negócio para que o Brasil tenha competitividade.

 

Com informações Agência Brasil

 

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