Milhares de cearenses tiveram que enfrentar longas filas para retirar o auxílio de R$ 600. Para reduzir a aglomeração, a Caixa Econômica Federal quer liberar os saques da segunda parcela do benefício emergencial por meio de um calendário que não coincida com o cronograma de pagamentos do Bolsa Família. A ideia é evitar a formação de mais filas nas agências bancárias no final deste mês e foi apresentada ao presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (04).

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, boa parte das filas que se formaram nos últimos dias nas agências da Caixa se explica porque o saque em espécie dos R$ 600 coincidiu com o pagamento do Bolsa Família.

Guimarães lembrou, por sua vez, que a definição do cronograma de pagamento da segunda parcela dos R$ 600 não depende só da Caixa. O banco operacionaliza esse pagamento, mas quem define o seu cronograma é o Ministério da Cidadania.

“Estamos ainda conversando. Tem que ter conversa com o ministro da Cidadania e também com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Falei com ele hoje pela manhã, inclusive”, lembrou Guimarães, garantindo que o governo vai anunciar esse cronograma assim que possível. “Tendo aprovação do Ministério da Cidadania, anunciaremos esta semana, o mais rápido possível, certamente. O objetivo é sempre reduzir filas”, afirmou.

Responsável pela coordenação do benefício emergencial de R$ 600, o Ministério da Cidadania inicialmente disse que faria o pagamento da segunda parcela do auxílio entre os dias 27 e 30 de abril. Depois, chegou a dizer que anteciparia esses depósitos para o dia 23 de abril. Mas, depois, voltou atrás e acabou adiando o pagamento da segunda parcela dos R$ 600. O adiamento foi explicado pelo fato de que o número de pessoas que pediu o auxílio superou as expectativas do Executivo, forçando o governo a elevar o orçamento e a estender o período de análise cadastral e de pagamento da primeira parcela dos R$ 600. Ainda hoje, por sinal, mais de 6 milhões de pessoas esperam uma resposta do governo para saber se terão direito ou não ao benefício.