Das 123 mortes violentas no Ceará ocorridas no período de 21 a 27 de agosto de 2017, cerca de 64% ainda estão em investigação. Do total, apenas 14,63% resultaram em prisão (21 presos), 22,76% casos foram concluídos e somente dois chegaram a ter julgamento.

Os dados são do Monitor da Violência, levantamento do portal de notícias G1 que mapeou 1.195 mortes na quarta semana de agosto de 2017 em todo o Brasil e acompanha estes casos por meio de 230 jornalistas no país. O Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública são parceiros no projeto.

No ano de 2018, foi publicado o primeiro balanço, no país, quase a metade segue em investigação na polícia. Um em cada cinco casos teve uma prisão efetuada, e menos de 5% têm condenado.

A Secretaria da Segurança do Ceará se manifestou sobre o levantamento afirmando que vem reduzindo os Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) há 17 meses seguidos (de abril de 2018 a agosto de 2019), no Ceará, e há 18 meses, na capital. Segundo a secretaria, o índice de resolutividade desses crimes no estado é de 37,31%, conforme dados cadastrados no Sistema Gerenciador de Homicídios (SGH) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).

A Justiça do Ceará analisou 88 dos 123 casos do Monitor da Violência. Em nota, o Tribunal de Justiça afirmou que 13 deles se tornaram ação penal.