Mesmo com muito dinheiro, o Sistema Único de Saúde, SUS, continua sendo um gargalo para milhões de brasileiros que precisam, mas nem sempre conseguem atendimento nas clínicas e hospitais da rede pública.
Os dados mais recentes mostram a dimensão desse sofrimento: de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Radioterapia, entregues ao Ministério da Saúde, uma média de 73 mil pacientes com câncer não têm acesso, cada ano, ao tratamento de radioterapia no SUS.
JORNAL ALERTA GEAL
O levantamento, como conta, no Jornal Alerta Geral, o repórter Sátiro Sales, revela que de 2008 a 2022 esse contingente desprotegido soma a 1 milhão e 100 mil pessoas em todo o Brasil, incluindo, também, milhares de centenas de cearenses.
O Jornal Alerta Geral, que começa às 7 horas da manhã, de segunda-feira a sábado, é gerado pela FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza, tem transmissão por mais de 20 emissoras de rádio do Interior do Estado e, também, pelas redes sociais do @cearaagora.
DESASISTÊNCIA E ÓBITO
A pesquisa, com esses números, aponta que a desassistência à radioterapia pode ter causado a morte de 110 mil mortes. Segundo, ainda, a Sociedade Brasileira de Radioterapia no período de 2008 a 2022, a incidência acumulada de câncer no Brasil foi de 6,2 milhões de casos novos.
Os estudos mostram que, em alguma fase da doença, cerca de 60% dos pacientes vão precisar de radioterapia, que é um dos pilares do tratamento oncológico, ao lado das cirurgias, da quimioterapia e, mais recentemente, da imunoterapia.
Outro dado do estudo, realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral, revela que, entre 2008 e 2022, 1 milhão e 700 mil pacientes receberam tratamento nos serviços públicos, sendo que, nesse mesmo período, a demanda estimada foi de 2,8 milhões.