Foto: Governo do Estado

Adolescentes do Centro Socieducativo Aldaci Barbosa Mota integram a escolinha do Tiradentes e trabalham para a formação da equipe do clube que vai jogar competições oficiais. Vara da Infância e Juventude participou da articulação da parceria. Possibilitar uma nova trajetória de vida é o principal objetivo da parceria da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) com a Associação Esportiva Tiradentes.

O projeto proporciona a adolescentes do Centro, que atende jovens do sexo feminino, a participação na escolinha de futebol do clube com vistas a entrar no time feminino principal que está sendo organizado. O esporte é um dos pilares estruturantes do modelo de gestão adotado pela Seas e faz parte do cronograma educativo no processo de novos ensinamentos. Com o envolvimento de entidades da organização civil e colaboradores, as ações esportivas têm dado frutos. O superintendente da Seas, Ramom Carvalho, frisa a importância das ações esportivas no Sistema Socioeducativo.

No ano de 2017 a Seas implementou o programa Esporte Gera Ação; esse programa tem duas vertentes, a primeiro é a de trabalhar o esporte com adolescentes na perspectiva na formação da valores, de trabalhos e atividades coletivas, do respeito ao próximo para que eles possam a partir das atividades esportivas realizar uma reflexão sobre os atos praticados e construir uma nova perspectiva de vida. A segunda é no que diz respeito sobre as parcerias implementadas com os clubes esportivos, seja de futebol, de basquete, nas diversas modalidades. Essas parcerias visam profissionalizar os adolescentes no ramo do esporte, gerando oportunidades deles ingressarem ao mercado profissional — destaca.

A oportunidade da parceria aconteceu por intermédio do juiz da 5ª Vara da Infância e Juventude, responsável pelo projeto Justiça Já, Eduardo Gibson Martins, que cativou a Associação Esportiva Tiradentes a entrar no projeto. Ele diz que o estado está “cuidando especialmente de jovens que gostam do futebol e que podem ser aproveitadas pelo clube mais tarde e é uma expectativa de vida que elas têm”. Segundo ele, o projeto evita que as jovens entrem no mundo da criminalidade.

Esperança

Há dois meses, as jovens começaram a buscar por um sonho antes muito distante, para D. de 16 anos, hoje, egressa do sistema, essa é uma oportunidade que não se pode deixar passar. Mesmo após sair do centro socioeducativo ela faz de tudo para não perder os treinos que acontecem nas quartas-feiras e sábados. Para ela, essa motivação é um incremento a mais para persistir em seus sonhos. “Eu espero que vá para frente, que dê progresso mais e mais”, reforça sobre sua expectativa.

Para que as atividades dessem certo, a união de ideais foi importante para cativar a Associação Tiradentes. Com um projeto em andamento que ajuda a comunidade carente do entorno, a entidade aceitou ensinar as meninas a jogar futebol como uma proposta de futuro, como reforça o coordenador de Projetos Sociais do Tiradentes, Cesar Molina. “O objetivo é agregar a parte social e dar pra elas um mecanismo de qualidade de vida, após o cumprimento socioeducativo delas”.

(*) Informações do Governo do Estado.