Com quase 40 mil atendimentos a mulheres em situação de violência, a Casa da Mulher Brasileira (CMB) realiza, na próxima sexta-feira (6), uma manhã de atividades e debates em alusão ao Dia Internacional da Mulher. As ações integram a programação desenvolvida pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) para o mês, que reforçam a luta pela equidade de gênero e pelo enfrentamento à violência contra a mulher e o feminicídio e discutem a situação da mulher cearense e brasileira n a atual conjuntura política e econômica do País.
As atividades iniciam às 9h com a presença da titular da SPS, Socorro França, da secretária-executiva de Políticas para Mulheres, Denise Aguiar, e da coordenadora da Casa, Daciane Barreto. No evento, será apresentado o relatório de gestão da CMB, seguido de debate sobre o enfrentamento ao feminicídio.
“Precisamos fortalecer o empoderamento feminino. Ampliar os espaços de acolhimento às vítimas de violência dom&eac ute;stica é uma forma de dizer às mulheres que estamos juntas nessa luta”, aponta a titular da SPS, Socorro França, lembrando que o Governo do Estado está em processo de instalação de três Casas da Mulher Cearense.
“Nos últimos dois séculos, alcançamos muitas vitórias, como o direito de votar e de ser votada, o direito a sentar nos bancos das universidades, ao trabalho, à cidadania, validamos a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, a Lei do Minuto Seguinte e tantas outras conquistas. Isso nos mostra que a luta vale a pena”, reflete a coordenadora da CMB, Daciane Barreto.
Ela ressalta que apesar dos avanços o enfrentamento ao feminicídio é urgente.
“O feminicídio é uma epidemi a em nosso País, que atinge as mulheres negras, brancas e de todas as classes sociais e religiosas. É uma violência perversa e que precisa ser combatida”, frisa.
Além dos debates, haverá exposição de pinturas, fotografias e artesanato, exibição do curta-metragem “Feminicídio: o silêncio pode matar”, lançamento de livro e apresentações culturais. A atividade tem a parceria do Instituto Maria da Penha, OAB, Núcleo de Acolhimento Humanizado da Universidade do Estado do Ceará (NAH/UECE) e Procuradoria Especial da Mulher (PEM).