O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a sessão de julgamentos nesta tarde mesmo com os conflitos registrados na Esplanada dos Ministérios. Desde o início do dia, o prédio da Corte foi cercado com grades e está sendo monitorado pela Polícia Militar e seguranças particulares. Devido ao bloqueio, os manifestantes que protestam contra o governo não conseguiram chegar à Praça dos Três Poderes, onde está o prédio do Supremo.

Enquanto os demais servidores que trabalham na Esplanada foram liberados do expediente, devido aos atos de vandalismo que foram registrados, ministros e assessores do STF estão no plenário desde as 14h40.

Durante a leitura de seu voto sobre uma questão tributária, o ministro Marco Aurélio citou o decreto no qual o presidente Michel Temer autoriza o emprego das Forças Armadas para garantir a segurança dos prédios públicos, mas a sessão continuou normalmente, sem comentários dos demais integrantes da Corte.

“Presidente, voto um pouco preocupado com o contexto e eu espero que a notícia não seja verdadeira. O chefe do Poder Executivo teria editado um decreto autorizando o uso das Forças Armadas do Distrito Federal no período de 24 a 31 de maio”, disse Marco Aurélio.

No decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, Temer autoriza o emprego das Forças Armadas “para a garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal”. O decreto estabelece que a área de atuação para o emprego das Forças Armadas será definida pelo Ministério da Defesa e que a medida tem validade de hoje até o dia 31 de maio.

Com informações O Estado de São Paulo