Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) joga um balde de água fria nas lideranças do movimento sindical que insistem na paralisação das atividades no INSS: o STJ decidiu pela extinção, sem julgamento de mérito, do processo impetrado contra o acordo firmado entre o governo federal e a Central Única dos Trabalhadores.
Com essa decisão, o STJ reconheceu, como válido, o acordo assinado e rejeitou a revogação proposta pela Federação Nacional dos Sindicatos de trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
O trato feito entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), e a União prevê reajuste salarial parcelado, reestruturação de carreiras em diferentes níveis, cumprimento de pontos firmados em negociações anteriores e, ainda, outros tópicos não remuneratórios, a situação está embolada.
A greve deixa um saldo negativo para quem depende da previdência social: desde o início do movimento grevista, quatro mil remarcações de perícias médicas presenciais e 100 mil pessoas ficaram sem atendimento nas 1.572 agências do INSS em todo o País.
E mais: nesse mesmo período, também saltou o número de pedidos de reconhecimento inicial de direitos: de 1.353.910 para 1.506.608 em todo o Brasil, um aumento de 11,27%. No Ceará, os prejuízos, também, são incontáveis. Segurados e beneficiários reclamam da demora aos pedidos de respostas de benefícios.