A equipe técnica da Prefeitura de Fortaleza responsável pela avaliação sobre as medidas que devem ser adotadas para contenção de despesas enxerga com inquietação o alto volume de recursos autorizados pelo então prefeito José Sarto (PDT), no apagar das luzes de 2024, para o sistema de passageiros da Capital.


‘’É muito dinheiro para um setor que ainda tem deficiência nos serviços prestados à população’’, expôs, nos bastidores da Câmara Municipal, uma voz que acompanhou, no final do ano passado, a aprovação dos subsídios para o transporte de passageiros.


O projeto de lei, aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo então prefeito Sarto, destina, em 2025, um montante de recursos da ordem de R$ 227.436.125,70 para o transporte regular e outros R$ 21.051.696,34 ao transporte complementar de passageiros, como, por exemplo, vans e topiques.

Lideranças empresariais do transporte coletivo já bateram à porta da Executivo com pedido de audiência ao prefeito Evandro Leitão (PT) para cobrar sinalização sobre a manutenção do volume de dinheiro para subsidiar o transporte coletivo.

Evandro, que, nesse momento, adota medidas de contenção de gastos para cobrir as dívidas herdadas da administração anterior, avalia qual o tamanho real do subsídio que deve ser destinado ao transporte de passageiros, mas trabalha com um cenário de que, nas atuais condições, o dinheiro reivindicado pelas empresas de ônibus fará falta para manutenção de outros serviços essenciais para a população, como, por exemplo, a rede municipal de saúde.

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